quarta-feira, 29 de maio de 2013

Gaiolas e Asas - Texto de Camilla Queiroz

Escolas que são gaiolas aprisionam seus “alunos pássaros” e fazem deles robôs que devem pensar de uma única maneira, comportar-se do mesmo modo, não questionar as informações que lhe são passadas. Esse tipo de escola sufoca os alunos e impede que os mesmos deem asas a sua imaginação e criatividade, preocupam-se somente com os resultados imediatos, sem pensarem nas consequências futuras. Limitam o pensar, podam o questionar e não aceitam diferentes maneiras de adquirirem os mesmos saberes, desse modo fazem com que o interesse, o encanto da descoberta, a magia do aprendizado e o prazer fiquem distantes do cotidiano escolar e assim esses alunos vivem sedentos pela “liberdade”.

Escolas que são asas ajudam a direcionar o voo dos seus “alunos pássaros”, incentivam a busca por diferentes caminhos para chegar ao mesmo resultado, respeitam e reconhecem a individualidade, o ritmo e a singularidade de cada “pássaro”, sabe que alguns já estão prontos para voar mais alto enquanto outros ainda estão preparando-se para alçar o primeiro voo. Escolas asas dão asas a imaginação, lutam cotidianamente para construírem sujeitos questionadores e que sintam prazer pelo aprendizado, escolas asas são para seus “alunos pássaros” combustível, para que eles possam voar cada vez mais alto, num voo consciente e construído com muita responsabilidade e direcionamento. Escolas que são asas não se preocupam só com o lado cognitivo mas também com o lado subjetivo de cada pássaro que por elas passa, sabem a importância de um subjetivo fortalecido para ajudar a elaborar melhor cada avanço do cognitivo. Para alunos de escolas asas, não é sacrifício aprender, muito pelo contrário, encontrar pessoas dispostas a encorajá-los a voar é motivador e gratificante.

Escolas que são asas ficam marcadas positivamente para sempre na vida de um aluno, já as que são gaiolas causam estragos que muitas vezes são irreversíveis. Cabe a cada diretor, coordenador, professor, educador escolher de que lado quer ficar. Ainda tenho a esperança e a forte vontade de ver que as escolas gaiolas estão quebrando seus cadeados e abrindo suas portas e que todos juntos estão ajudando a encher o céu de pássaros felizes, cantando e que saibam muito bem onde querem chegar.


Autora: Camilla Oliveira de Queiroz
Aluna do curso de Letras da UNIP Interativa e educadora infantil.

* Após ouvir da própria aluna a leitura desse texto, certo sábado de atividade no Polo, entendi que tinha a obrigação de compartilhá-lo com outrem, pois seu conteúdo é profundo e pode servir como norte para que educadores consigam entender e aceitar diferenças transformando, assim, a realidade e a formação dos futuros cidadãos que lhe são confiados.



Saudações Universitárias,

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